Não tem como
escapar...
Qualquer situação
em que me é promovido um encontro com alguém que não via há muito tempo, umas
das primeiras perguntas, soltas quase que como um ‘oi’ é a bendita: “e aí... Já
casou?”.
Em 23 anos de existência,
esse já é um dos questionamentos mais ouvidos por mim...
E tenho certeza
que não só por mim, mas por muitos ou, generalizando mesmo, todos coleguinhas
que ainda não casaram ou não marcaram o casório.
A questão principal é que em
pleno século 21 - olha o clichê aí, geeente - a sociedade ainda impõe o
casamento antes dos 30. Na verdade, para a mulher o ‘ideal’ é que se case antes
do 25 (meu Deus, só tenho dois anos... #sqn).
A questão secundária é que hoje,
muitos não querem casar antes dos trinta, para falar a verdade, conheço muitos
que não querem nem se casar!
E aí... como fica?
Às vezes, quando alguém me
questiona sobre casar o mais depressa possível, me imagino de noiva – naqueles vestidos
bem pomposos, claro, porque não basta que escolham o período do casamento, eles
também ‘exigem’ que a cerimônia seja dentro dos padrões tradicionais – no meio
da rua, tentando desesperadamente encontrar alguém que me diga um sim no altar.
E é assim que tem parecido ser,
aqueles que se deixam levar pela imposição do casamento, acabam, muitas vezes, se
casando mais pelo estar casado e pelo casamento em sí, do que pelo fato de
estar disposto a dividir uma vida com alguém.
É claro, que tem aqueles que se
casam novos, mas por escolher assim, e não por determinação social. Mas o problema
em que quero tocar, é que amor não tem tempo para acontecer, não tem data
marcada para chegar...
Acontece aos 12, aos 21, aos 57,
ou seja lá em que idade for e pode até nem acontecer. E é por isso mesmo, que não podemos enxergar o
casamento como um fim, uma finalidade.
E não é que eu não queira me
casar... na verdade, até pretendo.
O ponto é que quero alguém que me
faça querer compartilhar o cotidiano e não uma cerimônia de algumas horas ou
uma assinatura em um papel. Eu quero dizer sim no altar como expressão de vontade
e não de obrigação, para que só então, eu me sinta à vontade para responder sim
ao vulgar: “E aí, já casou?”.
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