sábado, 19 de março de 2011

Economia e desenvolvimento: eles andam mesmo juntos?

Devido ao crescimento econômico brasileiro dos últimos tempos, o país tem sido considerado, em âmbito internacional, uma potência emergente. Formando junto à Rússia, Índia e China, o BRIC. Que compreende o grupo de países que se destacaram no cenário mundial, devido à rápida expansão da economia.

Desde que essa informação passou a ser veiculada pela mídia, o cidadão brasileiro se enche de orgulho para dizer que seu país tem destaque no panorama econômico internacional. É claro que o Brasil é um país com capacidade inegável de expansão. Isso, devido á suas “infinitas” riquezas naturais. Vale lembrar, porém, que o que faz um país, são as pessoas que o compõem. Em nosso caso, os cidadãos brasileiros e com direito á maior participação, aqueles que são eleitos para exercer o poder.

Devido a essa disparidade de recursos entre os “grupos sociais”, o desenvolvimento privilegia principalmente indivíduos de poder aquisitivo e político mais elevado. Assim, essa “classe” privilegiada assume o controle da sociedade em geral, que passa a admitir certas atitudes de caráter desviado do poder, tornando-se então aliados ás ações de corrupção. É dessa forma que a sociedade nega alguns princípios de desenvolvimento. Já que para se construir um país desenvolvido é necessário adquirir antes um avanço intelectual, para consequentemente obter um avanço econômico-social.

Posto isso é possível perceber que o problema maior do país está na cultura. Que fique claro que a palavra cultura, é utilizada aqui para designar uma questão moral. Mais precisamente, o ato de tomar determinadas atitudes em relação a um evento. Assim, para que o crescimento se dê de forma uniforme e que o país se torne de fato, desenvolvido, é necessário que haja por parte da sociedade brasileira um interesse de mudança. Uma mudança, que vise como conseqüência melhorias, deve necessariamente arriscar-se a transformar as estruturas sociais. Isso, porque mudando-se as formas estruturais muda-se a cultura. O que é de extrema relevância, uma vez que, se as coisas continuarem como estão atrevo-me a afirmar que chegará um tempo em que a economia e todos os demais avanços ficarão estagnados, ou ainda, que o desenvolvimento se dê única e exclusivamente no setor econômico.

Mas como fazer isso? Acredito firmemente que a raiz do problema esteja na carência da educação. Investindo-se em educação e tomando-a com seriedade é mais provável obter resultados, mesmo que, a longo prazo. Só a educação poderia permitir que a cultura de omissão, incutida nas estruturas sociais, fosse substituída por uma cultura em que se criam indivíduos com criticidade suficiente para agir de acordo. Só dessa maneira, existe a possibilidade de se alcançar um desenvolvimento social, cultural, econômico e humanístico pleno.

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